Olhai-vos de todos os ângulos, a vida que se dissipa
Em prol da doença da alma
Sucumbi a essência humana
Olhai-vos do mais alto monte, a sebe que cerca a existência
Inclina tua cabeça e veja-os a teus pés
Na noite gélida, olhai-vos até o fim
Olhai dentre a multidão, o manto materno aquecer sua cria
A lágrima doce, daquele que cai sobre a terra
Olhai-vos cair um a um
Olhai a chama do abandono arder em seus corpos
Olhai sobre a fossa de tua glória
O mérito se vai entre o sangue que escorre
Olhai-vos a cada instante
Olhai o céu avermelhado, sorrir como os lábios rubros da
mais bela dama
Enxuga tua própria lágrima, derivada do arrependimento
E cai sobre a terra
Banhado no sangue do teu povo
Por uma vez; cala-te e espera
Vê teu Império ceder sobre tua cabeça
E suplica, por tudo aquilo que não foi capaz de oferecer
Sente a lança rasgar teu peito
Olhai-vos agora com tua face ao chão
Estende a tua mão ao fim, e vai
Na trilha de um corpo sem vida, se faz sua última marca
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