O
adoecimento escolar, certas vezes é utilizado como válvula de escape para a
ausência de sensibilidade dos profissionais que atuam na instituição escolar,
podendo se estender também, aos pais e à sua maneira de olhar a angústia da
criança.
Levando em conta que a criança é um sintoma dos pais, essas questões precisam ser verificadas de uma maneira mais aprofundada, que tenha como objetivo, fornecer efeitos benéficos para a criança, facilitando o seu desenvolvimento no âmbito escolar, social e afetivo.
Entretanto, vemos que nos últimos anos, o adoecimento escolar vem como uma alternativa de culpabilizar a criança, que em alguns momentos, se torna alvo das angústias, frustrações e fracassos dos próprios adultos. O excesso da medicalização é um infanticídio. Nessa dinâmica há alguém doente? Se houver, ouso afirmar que não é a criança.
Uma medicalização despudorada, acaba sendo apenas mais um transtorno no processo educacional. É gerada uma reação em cadeia onde um medicamento tenta minimizar os efeitos de outro, e assim sucessivamente. A indústria farmacêutica vira as costas para os efeitos dessa prática irresponsável. Cospe pílulas nas crianças.
O entorpecer
da medicalização insere a criança num vazio onde deveria estar a palavra. Este
processo nada mais é do que a renúncia dos adultos ao ato de educar. Através do
cientificismo barato dos adultos, quem paga caro, são as crianças.