O Blog Além dos Olhos foi criado dia 18 de Março de 2012. Seu principal objetivo é descrever situações do cotidiano que algumas vezes passam despercebidas à olhares superficiais, tanto para quem escreve, como para quem lê. Ao entrar aqui, dará vazão à busca pelo entendimento sem se preocupar se irá encontrá-lo ou não. Cada linha rege a harmonia da dança dos nosso dias.
E que não se prenda em seus conceitos para que seja meu leitor, pois aqui não há uma verdade absoluta, encontre o seu sentido parafraseando significados que nascem no seu interior. Reflita, questione, refute, pense além!
Boa Leitura.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Ode à liberdade


Vai, e não preocupas se irá frustrar-se por ir
Derruba todos os muros que estiverem no teu caminho
E cala o medo que cresce frio no teu íntimo
Rasga todas as bandeiras que querem governar tuas ambições


Domina as pedras que se apresentam no teu caminho
Perpetua na tua finitude, razão pra real independência
Corre insano, demasiado, desesperado, solto pelo mundo
Brinda tua existência a cada pôr do Sol


Beba de variadas fontes, erre os caminhos, risque as direções
Projeta na tua alma, poder por ser o que realmente é
Encendeie traumas que querem te possuir
Faça sua revolução!


Cante tua vitória sobre as ruínas da opressão
E desdenhe os horizontes que te zombam
A liberdade é a tua morada
E nela tu te farás eterno

terça-feira, 15 de maio de 2012

Do eu existencial


                                                                                          foto: Guilherme Moura


A auto descrição é sempre algo extremamente complicado. Talvez por ser capaz de unir tantos aspectos, tantas palavras a serem ditas que quando juntas, muitas vezes transformam-se em nada. Nada? Mas como assim?
O nada pode nos dizer muita coisa sobre quem e o que somos. Somos?

Um emaranhado de situações formam nosso ser, o despertar de sentimentos latentes vai fazendo com que saibamos algo sobre nós mesmos. Bem aventuradas são as respostas ausentes, responsáveis por nosso eterno questionamento, que por sua vez, nos move, nos guia por caminhos tortuosos e sedentos de destino.
Eu sou. Sedento de destino, apaixonado por todas as emoções capazes de fazer meu coração eclodir, seja num abraço, num olhar ou até mesmo em pensamento. É   isso o que nos faz, mesmo sem sabermos de onde e para onde iremos, somos.
Seremos até mesmo no dia em que emoções se encontrarem em repouso e o coração estático, seremos pois estaremos nas memórias que deixamos no passar de nossa existência.
Minha ausência será sentida pela saudade ou pelo alívio, depende de como e quando você me vê.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

De tudo que é



E tudo se assemelha num fluxo constante
A distância não se  difere da proximidade
Mundos entrelaçados por fios de seda
Num conflito eterno a vida tenta ser


E é por não ser, e não é por não ser
Luta para relembrar o que era enquanto ideia
E os dias correm sendo um só
O tempo se arrasta a esmo


Figuras temporais ditam realidades perecíveis 
E o ciclo transcende as eras
Os mesmos herois, pelas mesmas causas
Com os mesmos fins


O homem emerge da alma querendo saber o que é
E mal sabe que como tudo, é o mesmo que tudo
Busca sabendo o que já sabe e nunca irá saber
Corre demasiadamente, vendado por sua própria existência