O Blog Além dos Olhos foi criado dia 18 de Março de 2012. Seu principal objetivo é descrever situações do cotidiano que algumas vezes passam despercebidas à olhares superficiais, tanto para quem escreve, como para quem lê. Ao entrar aqui, dará vazão à busca pelo entendimento sem se preocupar se irá encontrá-lo ou não. Cada linha rege a harmonia da dança dos nosso dias.
E que não se prenda em seus conceitos para que seja meu leitor, pois aqui não há uma verdade absoluta, encontre o seu sentido parafraseando significados que nascem no seu interior. Reflita, questione, refute, pense além!
Boa Leitura.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Se eu tivesse mais um dia


Se eu tivesse mais um dia tudo seria diferente
Te abraçaria com todas as minhas forças até doer os ombros
Não deixaria escorrer pelo ralo aqueles momentos onde podia sentir-te
Andaria com você pela rua , sem rumo sem medo e sem pressa

Contemplaria o teu sorriso observando com o canto dos olhos
Não teria tantas preocupações, não me corroeria em busca de objetivos
Se eu tivesse mais um dia juro que não passaria longe de você
Te olharia em todos os instantes que me restassem

Confessaria de todas as vezes em que um nó na garganta me impedia de dizer que te amo
Te tocaria sem pudor, te beijaria sem motivo, te amaria com toda intensidade que posso
Estaria  embaixo do céu, colado no teu rosto, e tudo ficaria bem
Choraria nos teus braços e não saberia mais o que era lágrima e o que era chuva

Tudo, seria um só
Eu ficaria bem, mesmo sabendo que não teria mais a seiva da vida correndo em minhas veias
Se eu tivesse mais um dia, quem sabe seria tempo de tecer um destino diferente
E apertar a tua mão até o último suspiro, assim, tudo ficaria bem

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Placebo


Debruçar-se na janela e ver a vida pelos quadros
Se acomodar aos mesmos sons, sabores e direções
Em cada tela as mesmas imagens pintando a conformidade
Por possibilidades estáticas que envenenam a expansão da existência

No ócio intelectual seduzido por direções que se perdem
As mentes envelhecem, se dissolvem ao pó da terra onde nada mais brotará
Se extingue o bem que não se percebe, o tempo que transcorre silenciosamente
Autêntico, crava a dor mesmo sendo incorporal

E cala a essência humana, cerra os olhos da vida que se passou
Escassa de virtudes que teriam o poder de dotar o próprio destino
E não resistir mais às pulsões que conduzem aos mais belos sonhos
Ao transformar-se é o senhor de tuas necessidades 

Na totalidade de sensações à correr pela alma
Que incendeiam  horizontes aprisionantes 
Levando à permanente reconstrução da pura liberdade de re significar os desejos 
Cada qual com sua intensidade, sem nome, cor, causa ou bandeira