Quem
planta injustiça, colhe revolução! E Marx estava certo, quando dizia que a
revolução é a locomotiva da história, e que linda é essa locomotiva que se
espalha pelo Brasil, avante, por passos pacíficos, o povo meteu o pé na porta,
deu a cara à tapa, à bala, à bomba e sem levantar bandeira, porque neste
momento a bandeira é o próprio povo e a causa, em sua singularidade, é plural!
Brecht pulou em meio à multidão, pois naquele momento não havia sequer um
analfabeto político. Não mais sorrisos podres e tapinha nas costas!
E
pela primeira vez, pude ver que o orgulho em ser brasileiro não estava nem na
bola, e nem na bunda, o pão estava amargo e não havia circo, porque os palhaços
estavam morrendo de medo enquanto a multidão contagiante, mostrava ao mundo
quem são os verdadeiros protagonistas desta história.
Corrupção
já virou clichê, mas “o povo acordou” e veio junto, a hora de por um fim a este
atentado vivo à humanidade. E com uma população não mais latente, surge o
movimento, a co responsabilidade, a fuga da comodidade alienante que tanto
cuspiu na nossa cara, a mudança tão necessária para a efetividade do bem comum.
Contra
a massa selvagem, a repressão reprime, contra a massa pacífica, a repressão se
esquiva. E é só o começo...